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Eduardo Paes revela data para finalizar projeto do Vasco; entenda sobre a reforma e ampliação de São Januário

À espera do potencial construtivo de São Januário, o Vasco pode ter uma boa notícia até o próximo mês. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, revelou, nesta quarta-feira, que pretende encaminhar o projeto para votação da Câmara de Vereadores nas próximas semanas. Como o ge revelou no último domingo, o clube já tem acordo encaminhado para a venda do potencial.

– Isso é uma doação da cidade do Rio de Janeiro ao Vasco da Gama. O projeto, que estamos discutindo já há algum tempo, faz com que a gente transfira o potencial construtivo que existe hoje onde está São Januário para a Barra da Tijuca. Isso significa um ganho para Vasco da Prefeitura e terá que ser destinado à construção (reforma) do Estádio de São Januário. Venho aguardando um pouco, porque temos outra negociação em relação ao Parque Olímpico. Também ali deve ser feito transferência de potencial construtivo – explicou Eduardo Paes, que completou:


– Se essa negociação com a Caixa (Econômica Federal) não avançar até o final de setembro, minha ideia é encaminhar esse projeto (do Vasco) para a Câmara de Vereadores. Até me comprometi com o Ministério Público a vir apresentar aqui antes esse projeto, que será um ganho enorme para o Vasco. O presidente Jorge Salgado e o vice-presidente Osório têm discutido isso comigo já há dois anos, a coisa está muito bem encaminhada. Óbvio que depois precisa da aprovação da Câmara de Vereadores para que possamos ter São Januário moderno como o Vasco merece.

O ge havia apurado que a Prefeitura do Rio esperava terminar esse projeto referente à Caixa Econômica para enviar junto com o do Vasco à câmara.


Potencial construtivo

O projeto de lei que está sendo redigido pela prefeitura consiste na doação de um terreno ao Vasco na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O clube precisa de aprovação dos vereadores para receber o terreno.

O potencial construtivo diz o quanto você pode construir em seu próprio terreno respeitando a zona da cidade em que ele está localizado. Toda cidade tem um plano diretor com as características de cada região. E cada uma dessas áreas tem regras próprias para construção.

O terreno onde está localizado São Januário, por exemplo, é enorme e tem um grande potencial construtivo, mas um estádio não demanda a utilização de todo esse potencial. A negociação com a prefeitura visa a autorização para que essa capacidade de construir a mais seja transferida para o Vasco em outro local. A ideia é que o clube receba um terreno na Barra da Tijuca.

Quando o proprietário quer construir a mais do que a área permitida para aquele terreno é possível ainda requisitar um espaço maior até o limite máximo definido na lei. Ou seja, se seu terreno permite a construção de Xm² e você deseja construir 2Xm², você pode adquirir essa capacidade de construir a mais.

No caso de São Januário é o contrário. O terreno permite, a grosso modo, a construção de 2Xm², mas o Vasco só utilizou Xm². Assim, o projeto de lei garantiria ao clube um terreno em outro lugar da cidade, de onde virá a fonte de recursos para a reforma do estádio.

Reforma de São Januário

Enquanto aguarda o decreto municipal com a transferência do potencial construtivo, o Vasco se adiantou para vender esta “capacidade de construção” que ele receberá da prefeitura. Sem a aprovação da cidade, o clube ainda não pode selar o negócio, mas já tem um pré-acordo de venda para um empreendimento na Barra da Tijuca. Os valores giram em torno de R$ 500 milhões.

É com esse dinheiro que o Vasco vai realizar a reforma e ampliação de São Januário. O clube tem como base o projeto desenvolvido pela WTorre na gestão do ex-presidente Alexandre Campello, realizado pelo arquiteto Sérgio Dias. A capacidade seria para até 43 mil torcedores.

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