O processo que ocasionou na saída de Alexandre Mattos do Vasco
A saída de Alexandre Mattos do cargo de diretor do Vasco pegou a torcida de surpresa, mas o processo de fritura do dirigente dentro do clube já é longo. Mesmo com apenas três meses de trabalho efetivo, Mattos se desgastou em São Januário. A Itatiaia apurou como foi o passo a passo.
A começar pelas cobranças firmes que o dirigente fazia com a 777 Partners. Para ele, o processo para aprovar a contratação era moroso, o que atrapalhava o planejamento da comissão técnica.
Entretanto, Mattos nunca teve uma relação tão próxima com o campo e bola como se esperava. Para efeito de comparação, o diretor antigo, Paulo Bracks, passava horas dentro do CT Moacyr Barbosa, enquanto a presença de Mattos era baixa.
O estopim da saída do dirigente foram prints de conversas com um jornalista vazado por Mattos, que gerou irritação na cúpula, já insatisfeita. Lúcio Barbosa, CEO do clube, foi quem optou pela saída.
Processos por reforços
Entende-se, que o processo não foi lento. Diferentemente do que Matto pregava. O próprio Paulo Bracks foi demitido em 24h e o Mattos de um dia para o outro. A falta de autonomia era outra grande reclamação.
O processo era simples. Mattos levava nomes sugeridos aos diretores 777 Prteners e aguardava o parecer. Questões burocráticas atrapalhavam negócios, como foi o caso do atacante André Silva.
André foi indicado por Emiliano Díaz, mas a empresa norte-americana demorou para avalizar o negócio, pois ele seria um atleta com necessidade de comprar o orçamento já estava esgotado.
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Foram mais de 15 dias para aprovação chegar e neste período, André já havia optado por defender o São Paulo. Mais um ponto que irritou Mattos e estremeceu ainda mais a relação com a 777.
Em todas as oportunidades que teve, como na apresentação de atletas, Mattos sempre aproveitou para alfinetar o processo da empresa para aprovar contratações.
David veio sem aprovação
Um dos atletas que chegou sem precisar passar pelo processo da 777 Partners foi o atacante David. como ele chegou do Internacional sem custos, com obrigação de compra em caso de metas, o nome foi aprovado apenas pela comissão técnica.
A negociação foi toda conduzida pelo diretor de futebol, juntamente com o empresário do jogador, que já tinha a liberação do Internacional para negociar com outros clubes.
A nova direção e a comissão técnica, inclusive, precisam definir o caminho que será dado para David, Afinal, se bater meta de jogos, o clube precisará comprá-lo. O contrato com o Inter é até o fim de 2025.
Muito grana e time pouco competitivo
Outra reclamação grande dentro de São Januário são os gastos excessivos de Alexandre Mattos. O dirigente, para muitos dentro do comitê de orçamento do Vasco e da 777, inflacionou o mercado com propostas.
Foram mais de R$ 100 milhões investidos em apenas três meses e o resultado esportivo ficou muito aquém da expectativa.
Apesar de bem avaliado por todos, o zagueiro João Victor é um caso que decepcionou na negociação. O dirigente acertou valores que podem atingir a casa dos R$ 42 milhões, e muitos acham que poderia haver mais barganha.
Ele ainda comprou Adson, junto ao Nantes-FRA, pelo mesmo valor que o jogador deixou o Brasil recentemente. Outra negociação, que mesmo aprovada, incomodou a cúpula da 777 Partners.
Relação com a comissão
A relação de Alexandre Mattos com a comissão técnica também não era das melhores. Não que fosse ruim, mas era considerada muito fria. Teve jogos em que o dirigente sequer viajou com a delegação.
Fonte: Itatiaia
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