Pedrinho explica, como 777 ainda atrapalha em negociações, como Vasco sobrevive sem investidor e resposta a Textor
O Vasco encerrou a segunda janela de transferências com seis contratações, mas faltou trazer um zagueiro. Em entrevista ao “Canal Igor Rodrigues”, o presidente Pedrinho comentou as movimentações do clube e a busca frustrada pelo defensor.
Segundo o dirigente, a negociação por Ian Glavinovich só não deu certo no último minuto por causa da impressão ruim deixada pela 777 Partners, antiga controladora da SAF.
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Em fevereiro deste ano, o Vasco, ainda sob comando da 777, comprou o volante Juan Sforza do Newell’s Old Boys. Segundo Pedrinho, pendências deste negócio atrapalharam o clube nas conversas por Ian Glavinovich, zagueiro do time argentino que a SAF tentou contratar na última janela.
– É difícil a torcida entender a questão financeira. A gente tem que ter responsabilidade. Perdemos um jogador importante que é o Adson e tivemos que fazer um movimento rápido com o Maxime para recompor num setor que a gente percebe que tem necessidade. Muitos defensores que nós conversamos optaram por não vir para o Vasco e só vai vir quem quer jogar no Vasco – afirmou o presidente Pedrinho, que acrescentou:
– Na reta quase que final começou a conversa com o Ian, andou bem, mas o Newell’s tem uma resistência com o Vasco porque o antigo sócio não honrou os compromissos em relação ao Sforza. Explicamos que era outra gestão, eles foram colocando situações, fomos ajustando. Foram passando os dias, mas tudo andando, muito bem estruturado para fechar até que eles só mandam o documento assinado depois de meia-noite. A gente não esperava isso. Deu um baque, porque estava muito bem encaminhado. Outros zagueiros pediram valores absurdos, que chegam no nível do Coutinho. Eu não vou causar nenhum dano, é o preço da gestão responsável.
Agora, o Vasco só poderá negociar com jogadores que estejam livres no mercado. Mas, como publicado pelo ge, a lista de defensores sem contrato não está tão atrativa. Assim, o clube considera terminar a temporada com o elenco que tem à disposição.
– A gente segue no mercado, mas é uma situação bem mais difícil – resumiu Pedrinho.
A volta por cima de Payet
Importante nos últimos jogos do Vasco, Payet passou por momentos difíceis nesta temporada. Além de três períodos afastado por lesão, a situação do time no início do Campeonato Brasileiro desanimou o francês. Pedrinho revelou que teve uma longa conversa com o camisa 10 e que a melhora da equipe o deixou mais empolgado.
– Ele é muito acima. Quando eu tive os primeiros contatos eu percebi ele muito triste. Tive uma primeira conversa logo após o jogo contra o Flamengo, dentro do vestiário a gente conversou por mais de 40 minutos. O que incomodava ele era a posição do nosso time, porque ele gostaria de brigar por coisas melhores, ele foi desabafando e fomos mostrando a ele que era o início de uma nova construção. Quando as coisas começaram a melhorar, com a chegada do Coutinho também, o semblante dele mudou.
A “treta” com John Textor
Outro assunto abordado foi o comentário recente de Textor sobre a SAF do Vasco. O dono do Botafogo insinuou que Pedrinho está participando dos debates de Fair Play financeiro “só porque a SAF dele não funcionou muito bem”. O presidente vascaíno chegou a responder o norte-americano por meio de uma nota.
– O Vasco não vai ficar fora de nenhum debate sobre o futebol. Essas reuniões são mensais e debatem diversos aspectos. O Fair Play financeiro foi um dos assuntos. Me assustou muito o Textor falar, porque eu nunca falei sobre isso. O Textor defende SAF, eu defendo o Vasco. Ele tem que se preocupar com o Botafogo e não com o Vasco. Enquanto eu for presidente, toda vez que ele me citar ou citar o Vasco, ele terá uma resposta à altura. Ele não sabe de 1% do que acontece em São Januário, todas as coisas mentirosas que ele falar ele terá resposta. Me incomoda porque eu nunca fiz nada para ele – disse Pedrinho ao jornalista Igor Rodrigues.
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Sem aporte de investidor, como o Vasco sobrevive?
– A gente pegou a grande parte das dívidas e renegociou. O clube também gera suas próprias receitas para começar a rodar. A gente foi passando de fase na Copa do Brasil e isso ajuda, e tem a possibilidade de negociar um ativo para fechar o ano e chegar em 2025 sem ter nenhuma receita adiantada. É o nosso objetivo para poder se reorganizar e seguir.
Demissão de Álvaro Pacheco após quatro jogos
– Eu estava indo com uma frequência enorme no centro de treinamentos e não conseguia entender que a gente teria uma evolução que a gente precisava para vencer os jogos. Não eram processos que eu entendia que a gente teria oportunidades no jogo. Eu tive que ser rápido. O dia a dia me mostra coisas diferentes, eu mudei de visão. Continuo com as convicções que eu falava na televisão, mas o dia a dia mostra que eu tenho que tomar atitudes que eu não gostaria.
Philippe Coutinho
– Ele está se cobrando demais para dar uma resposta. O que eu falei para ele é ter tranquilidade, que a presença dele já mexe com toda a estrutura. As pessoas estão enganadas sobre ele não dar uma resposta técnica. Coutinho é muito forte, tecnicamente é muito acima da média, a gente vê nos treinos. Ele teve uma infelicidade, veio de uma intensidade diferente, e tenho certeza que ele vai dar uma resposta. Melhora até a qualidade dos treinos, a gente viu jogadores que estavam abaixo terem uma melhora instantânea.
Fonte: ge
