Presidente da Ferj fala sobre cotas do Carioca para Vasco e Botafogo: ‘Com todos juntos, o produto cresce muito’
Presidente da Ferj agora até abril de 2027, Rubens Lopes revelou esperar que Botafogo e Vasco voltem a dialogar com a entidade e com os demais clubes por um contrato conjunto de direitos de transmissão do Campeonato Carioca para a edição de 2024. Neste ano, os dois clubes racharam com a Federação após ficaram sabendo, pela imprensa, de que o Flamengo receberia o dobro pelo contrato – posteriormente negociado com a Band pela Brax.
Rubens Lopes afirmou que há, inclusive, espaço para uma nova discussão sobre a divisão das cotas para a edição do ano que vem.
– Há espaço, com certeza (para uma nova divisão de cotas). A Brax, que esse ano teve o contrato global de produzir o campeonato e que foi a garantidora de uma cota mínima para todos, não fechou as portas para Botafogo e Vasco, para que no futuro possam vir. É aquilo: “se vocês vierem em conjunto, não me atrapalhar, fizerem eu ganhar mais e você ganhar também, ótimo, venham para cá”. Uma coisa é certa: um produto com todos vale muito mais do que um produto fragmentado. A expectativa é que as arestas sejam aparadas e em 2024 tenham todos a mesma transmissão – afirmou Rubinho, em entrevista ao podcast “Fora do Jogo”.
Apesar da expectativa de um diálogo, Rubens Lopes crê que Botafogo e Vasco erraram ao não assinarem o contrato coletivo e não acredita que os dois clubes tenham recebido, no contrato firmado com a Livemode/Cazé TV, valores semelhantes ao dos demais.
– Foi um processo bastante difícil por uma questão conceitual de maneira equivocada, porque no mundo a divisão da receita é proporcional, não é igual. Vasco e Botafogo entendem assim, a divisão das cotas do Brasileiro não são igualitárias. Na discussão nas duas Ligas que estão sendo formadas, a divisão também não é igualitária. Achei um pouco equivocada a radicalização de que no Estadual não pode ser proporcional, tem que ser igualitária. Fizeram isso. Não acredito que eles tenham atingido que os valores que os demais receberam – opinou Rubinho, dizendo que o imbróglio não atrapalhou a competição.
– Não atrapalhou o campeonato, não interferiu no regulamento, nas rodadas, em nada. Vasco e Botafogo, dentro das prerrogativas que a legislação lhes permite, escolheram quem deveria fazer a transmissão, é natural, a Lei do Mandante diz isso. Temos 12 clubes, se cada um quisesse fazer sua transmissão, ótimo. A única consequência é que quando você negocia em conjunto, você tem muita mais força do que quando você negocia de uma forma singular. Por isso a expectativa é que Vasco e Botafogo repensem o caminho que tomaram esse ano e que venham para o diálogo, para chegar a um acordo com todos os demais e todos estejamos remando na mesma direção. Com certeza o produto vai crescer muito – concluiu.
O Campeonato Carioca, mais uma vez, não distribuiu premiação aos clubes por conta dos valores arrecadados com direitos de TV.
Fonte: Redação FogãoNET e podcast Fora do Jogo