Rival: Abel Ferreira comenta sobre time contra o Vasco “Não consigo ser meia boca…”
O Palmeiras teve sua programação do fim de semana prejudicada pelo problema técnico no avião da companhia aérea de Leila Pereira, presidente do clube, que é utilizado pelo Verdão. Neste domingo, às 18h30 (de Brasília), o Verdão recebe o Vasco, no Allianz Parque, pela 21ª rodada do Brasileirão.
Na madrugada de quinta-feira, logo após a goleada por 4 a 0 sobre o Deportivo Pereira, no jogo de ida das quartas de final da Conmebol Libertadores, o voo do Verdão de volta ao Brasil foi impedido por um problema no avião da Placar Linhas Aéreas.
Com isso, a reapresentação, que acontece um dia após as partidas com reservas e os jogadores que atuaram por menos de 45 minutos no campo, mas é de recuperação para titulares, não foi realizada.
A decisão do Palmeiras de prolongar a estadia na Colômbia até esta sexta-feira interferiu ainda mais o início da preparação para esse confronto da 21ª rodada do Brasileirão.
Depois de tentar uma solução para voltar na quinta, fosse fretando uma nova aeronave ou usando um voo de carreira, a delegação palmeirense foi de ônibus até Cali, em uma viagem de pouco mais de 200km, para então pegar um novo voo, em um avião diferente.
Com isso, o Palmeiras só chega em São Paulo nesta sexta. Assim, Abel Ferreira e sua comissão técnica vão ter apenas sábado como dia completo de preparação para o duelo de domingo, contra o Vasco.
É possível que essa mudança na programação também altere os planos de Abel. Na entrevista coletiva após a goleada de quarta-feira, o treinador palmeirense foi perguntado se a grande vantagem construída na Libertadores poderia proporcionar um time mais titular contra o Vasco, mas desviou.
– Sempre digo isso a vocês e a eles (jogadores), que só sei jogar e treinar na máxima força. Não consigo ser meia boca. Ser intenso, as pessoas confundem arrogância com competência, chato com ser exigente, mas essa é a minha forma de ser. Fico contente que os jogadores entendam que a única opção é sermos melhores como jogadores e equipe. Eu só sei treinar para ganhar, e jogar para ganhar.
A possível mudança de estratégia, podendo poupar jogadores mais importantes e desgastados, contra o Vasco, se deve ao fato de que Abel sabe da diferença que há em uma preparação com dois ou três dias de intervalo entre as partidas.
– Faz uma diferença tremenda ter dois ou três dias (de recuperação) – disse Abel, em junho, após a classificação do Palmeiras nas oitavas da Copa do Brasil.
O ge, na época, calculou a diferença de aproveitamento do Palmeiras em jogos após dois e três dias de preparação. Em partidas com dois treinos, reapresentação e trabalho com os titulares, o aproveitamento era de 64,4%. Já com intervalo de três dias entre uma partida e outra, o aproveitamento subia para 85,1%.
Pensando, então, na força máxima e em treinar para ganhar e jogar para ganhar, Abel Ferreira pode dar um descanso para peças específicas. O treinador não costuma mudar o time todo.
Nos últimos três jogos no Brasileirão, Abel fez mudanças pontuais. Contra o Fluminense, entre os duelos contra o Atlético-MG na Conmebol Libertadores, o Palmeiras teve Vanderlan, Jailson, Luis Guilherme, Breno Lopes e Endrick como titulares.
Contra o Cruzeiro, pós-Atlético-MG, as mudanças foram menores: Lomba no gol, Vanderlan na lateral e Jhon Jhon na frente. Contra o Cuiabá, último compromisso na competição, Luan atuou na zaga, Jhon Jhon seguiu no time e Flaco López também foi titular.
Fonte: ge