Ao contrário de rivais, Vasco defendeu o futebol feminino desde o princípio
O futebol feminino luta por espaços cada vez maiores no Brasil e, no Dia Internacional da Mulher, se torna mais importante refletir acerca dos motivos para este cenário.
Antes de mais nada, o Vasco da Gama, clube tradicional do futebol brasileiro, é comumente conhecido como um dos pioneiros na defesa da inserção de negros e pobres no esporte masculino. Campeão Carioca em 1923, do mesmo modo, o Gigante da Colina não abandonou os trabalhadores que lhe ajudaram à chegar na glória estadual.
Entretanto, o que pouca gente sabe é que naquele ano o clube também deu um passo importante na defesa do futebol feminino. Se até então a presença da mulher era comum nas arquibancadas, o Cruzmaltino buscou ampliar este espaço para dentro dos gramados.
O futebol feminino no Vasco
Assim, no dia 22 de setembro de 1923, o Jornal do Brasil trazia a seguinte notícia:
“Realizando-se amanhã um rigoroso treino às 7 horas no campo C.R. Vasco da Gama, a directoria de sports pede o comparecimento de todas as jogadoras na sede do club”
Nesse sentido, a historiadora Aira Bonfim revelou em sua dissertação que desde este período o Vasco já possuía uma Diretoria Feminina e que há imagens de “um team quase completo de garotas, que usava, uniformemente, vestidos, toucas e meias calças pretas”.