Opinião

PVC opina contratação de Alexandre Mattos pelo Vasco: “ajudou em sete dos últimos onze títulos brasileiros”

Alexandre Mattos não tem varinha de condão, faz questão de afirmar que seu trabalho não se restringe a contratar, gera polêmica, às vezes é acusado de gastar muito, mas é inegável seu sucesso na montagem ou ajuda na construção de sete elencos campeões brasileiros nos últimos anos onze anos.

Geriu Cruzeiro 2013/2014, Palmeiras 2016/2018, contratou parte dos elencos de Palmeiras 2022/2023 e Atlético 2021.


Desde que assumiu o Cruzeiro, em 2012, recém-saído do quase descenso no ano anterior, e começou a estruturar a equipe bicampeã brasileira de 2012/2013. Contratações pesadas, como as de Dedé e Dagoberto, apostas certeiras em Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, sacadas de mercado como Borges e Nilton fizeram o melhor time do país por dois anos na Toca da Raposa.

Saiu em dezembro de 2014, juntou-se a Paulo Nobre e auxiliou na reconstrução do Palmeiras. Por mais que se perceba o brilho da gestão sóbria de Anderson Barros e Cicero de Souza na Academia de Futebol, atualmente, este tipo de atuação não existiria sem a agressividade no mercado de Alexandre Mattos antes.


Foram 75 jogadores em cinco temporadas e três títulos. Destas, 25 no primeiro ano, de troca completa do elenco quase rebaixado em 2014. Anderson Barros fez 18 contratações e conquistou dez títulos. O indice é melhor. Mas a atual equipe bicampeã brasileira e bi da Libertadores tem Weverton, Marcos Rocha, Mayke, Gustavo Gomez, Luan, Zé Rafael, Raphael Veiga e Dudu contratados no período de Mattos.

Semelhante o auxílio no Atlético, campeão em 2021 pelo trabalho de Rodrigo Caetano, montado também com contratações de Rui Costa, que trouxe Arana, Mattos, de Éverson, Mariano, Junior Alonso, Keno e Zaracho. Cerejas do bolo, Hulk e Nacho foram contratados na gestão de Caetano.

Em nove meses na Cidade do Galo, R$ 141 milhões gastos. Responsabilidade compartilhada com as idiossincrasias do técnico Jorge Sampaoli.

No Athletico Paranaense, o mercado mais caro da história, R$ 83 milhões, ajudou a trazer Canobbio, Vitor Roque, Cuello, Fernandinho, Zapelli e os bons zagueiros Cacá e Kaíque Rocha. O Athletico foi à final da Libertadores com Felipão.

“Vamos tentar ajudar a levantar outro gigante”, diz Alexandre Mattos na chegada ao Vasco. Não existe milagre, o dirigente não trabalha sozinho e, muitas vezes, exigirá investimentos pesados da 777 Partners. É inegável que Alexandre Mattos levará a Sao Januário um enorme visão de mercado.

Por isso, representa esperança.

Fonte: Coluna UOL PVC