Renato Maurício Prado detona Vitor Pereira e Braz ‘precisam ser demitidos’
Se um executivo de uma das muitas empresas que Rodolfo Landim dirigiu causasse um prejuízo de R$ 15 milhões, em pouco mais de dois meses, o que ele faria? Demissão sumária. Mas no Flamengo, ele prefere dar respaldo a um vice-presidente, Marcos Braz, que já causou dívidas de outros R$ 21 milhões. em multas rescisórias de treinadores (Domènec, Ceni e Paulo Sousa). e agora terá que gastar mais R$ 15 milhões, porque o seu escolhido, Vitor Pereira, é um fracasso estrondoso, retumbante.
A turma que adora falar em processos, ciclos e outras tolices modernosas (embora alguns deles sejam quase sexagenários) vai passar pano e defender o português que saiu do Corinthians pela porta dos fundos. É uma cantilena manjada, repetitiva e demagógica. Os rubro-negros que fazem parte dela compõem a famosa “Flanelinha”, que já foi “fechada” com Domi, Ceni e Paulo Sousa. E não aprende.
Diante do Vasco, o Flamengo de Vitor Pereira voltou a não jogar patavinas. Triste rotina desde que ele assumiu. Não há rigorosamente nenhum – vou repetir – nenhum jogo bom do rubro-negro carioca sob o comando dele. Que na entrevista coletiva, uma vez mais, falou de uma partida que só ele enxergou: com imposição de seu time, criação de várias boas tramas onde “só faltou a bola entrar”. Impossível não lembrar de Carlos Alberto Parreira falando que “o gol é um detalhe”… Resta rir, pra não chorar.
O domínio do Fla foi estéril. As melhores chances foram do Vasco, que chutou duas bolas na trave (contra uma do rubro-negro) e ainda desperdiçou um pênalti (defendido por Santos). Impossível dizer que o resultado não foi justo. Foi justissimo.
Vitor Pereira errou na escalação inicial (era para ter colocado o ótimo Matheus Gonçalves no lugar de Pedro), errou nas substituições mas, e principalmente, embora repita que já tem um caminho a seguir, mostra-se mais perdido que navegador sem bússola e sextante.
Seu esquema tático preferido é igual ao de Paulo Sousa, com o qual o Flamengo deu com os burros n’água. Saida de bola com três zagueiros (Thiago Maia passou a fazer o papel de Filipe Luís), dois volantes, dois alas espetados e três atacantes na frente. A mesma fórmula do fracasso do início do ano passado.A equipe de Vitor Pereira não tem jogadas ensaiadas, é amarrada numa fomação que a engessa e sequer possui velocidade: as saídas de bola com Arturo Vidal atrasam e tornam óbvias todas as ligações da defesa para o ataque. Um desastre completo, que se torna ainda mais evidente por causa da má forma física e técnica da maioria de seus jogadores – responsabilidade direta do comando do departamento de futebol.
Se o Flamengo perder o Carioquinha (hipótese que já parece a mais provável), Vitor Pereira precisa ser demitido, juntamente com Marcos Braz, que o escolheu. O clube, que fatura mais de R$ 1 bilhão, tem que contratar um executivo de ponta para dirigir o seu futebol. Não dá pra continuar com Braz, Spindel, Juan, Fabinho e quejandos.
Essa é a única saída. Mas, pode apostar, a Flanelinha e os que torcem contra, ainda vão defender esse cadáver insepulto, que até sua sogra em Portugal já percebeu que está fedendo…
Fonte: Coluna do Uol Renato Mauricio Padro