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Vasco está se organizando para quitar dívidas com clubes; entenda

Enquanto dentro de campo a missão é deixar a zona de rebaixamento, fora das quatro linhas a SAF também terá trabalho no segundo semestre. Agora sob comando do CEO interino Lúcio Barbosa, o Vasco trabalha para regularizar dívidas que atrapalharam o clube na última janela.

Os atrasos nos pagamentos das parcelas de jogadores como Léo Jardim, Puma Rodríguez e Manuel Capasso afetaram a imagem do Vasco no mercado. O clube também ainda não quitou as compras de atletas junto a equipes brasileiras, como Lucas Piton e Jair.


O Lille chegou a acionar o Vasco na Fifa por Léo Jardim, e o clube depositou o pagamento antes de sofrer Transfer Ban. Nacional-URU e Atlético Tucumán, da Argentina, também foram à entidade máxima do futebol em razão das dívidas por Pumita e Capasso, respectivamente.

O Vasco, no entanto, não se mostra preocupado com possibilidade de Transfer Ban. O ge ouviu que a SAF já se organiza para colocar as contas em dia. Não por causa do aporte que receberá da 777 em setembro, mas porque garante que o fluxo de caixa será normalizado no segundo semestre.


O fluxo de caixa foi justamente a justificativa para os atrasos. Nada mais é do que uma ferramenta usada pelas empresas para controlar a movimentação financeira – as entradas e saídas de recursos. Acontece que no primeiro semestre saiu mais dinheiro do que entrou, o que costuma ser comum para a maioria dos clubes na primeira parte da temporada. Agora, o planejamento é que vai entrar mais grana do que vai sair, possibilitando ao Vasco quitar essas dívidas.

A situação atrapalha a credibilidade do clube no mercado. Na janela de julho, por exemplo, jogadores deixaram de ser contratados por causa desses atrasos. O Talleres, da Argentina, não liberou o atacante Michael Santos por falta de garantias financeiras do Vasco. O Nacional, que ainda não recebeu pela venda de Pumita, não quis negociar o meia Franco Fagúndez com a SAF.

Vendas de jogadores

O Vasco vendeu dois jogadores na última janela: os centroavantes Pedro Raul e Eguinaldo. As transferências para Toluca, do México, e Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, vão render, somadas, mais de R$ 40 milhões aos cofres do clube. É o melhor ano com vendas de atletas da história vascaína.

Esse dinheiro será todo reinvestido no futebol, seja em contratações ou para custear o dia a dia do departamento de futebol, incluindo a folha salarial. Até com essa grana em mente e com a normalização do fluxo de caixa, o Vasco esticou a corda e fez investimentos além do planejado na última janela. Foi o caso de Payet, que chegará ao clube com um salário alto.

Fonte: ge